
intimistas. eu que gosto de originalidade e sou avessa a ser mais um ponto dentre tantos outros na multidão, gosto de me parecer com você. gosto do poder de nossas conversas involuntárias. gosto de que as conversas involuntárias sempre se tornam úteis para que nós cada vez nos tornemos mais íntimos.
adoráveis.
mesmo eu que cheia de poréns, escudos, proteções e cercas de arame
farpado que só dispostos conseguem atravessar na expectativa de se
aproximar, me abri para você me deixar mostrar que eu também sou
disposta. também te adoro e também me deixo ser adorada.
extremistas.
eu que não acredito que tudo seja preto e branco, ou multicolorido, ou
cinza..ou qualquer textura! tenho me levado a alturas, sejam vindas de
baixo ou de cima: nada gerado por nós é pouco. muitas vezes chega até a
ser muito pouco. mas ainda é muito. e nosso.
briguentos.
mesmo com o fato de não possuir tamanho, forças, botas nem armas de
combate, sou capaz de armar uma trincheira ridícula, de onde eu possa
fingir que me defendo e te atacar sem ao menos perceber que os tiros
voltam com a mesma força que disparo, penetrando, machucando e
dilacerando o que previamente, já era ridículo: nossas falsas almas de
soldado.
idiotas.
nem possuindo esse capital sentimental todo desenhado, várias vezes
repetido e absurdamente íntimo-declarado - travamos mais batalhas
extremas do que demonstramos nossa adorável intimidade. nossa
sentimentalidade. nossa necessidade de estarmos juntos, mesmo que
idiotas.
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