
Ele ficou
olhando pro nada e pensou: "Como eu queria parar de pensar nela!".
Mentalmente, ele sabia que nada que ele fizesse realmente faria com que
aquilo acontecesse, mesmo lembrando o quanto ela extraía o pior dele.
Todas aquelas vontades proibidas, aqueles desejos momentâneos que
estragavam-lhe o dia: era tudo o que ele conseguia pensar, e isso lhe
atrapalhava a vida. As tarefas acabavam parcialmente mal acabadas, com
três, quatro ou cinco lembranças daquele veneno.
Também
sabia, consigo, que era por culpa de também trazer o melhor, que ele não
conseguia parar de pensar. Dantes, todos os pensamentos eram concluídos
e assim, as tarefas melhor cumpridas na ânsia de encontrá-la mais
tarde. Aquela maldita.
- Maldito seja eu, que te dei poder demais!
Bebeu mais um pouco e pensou, "Será o amor ... isso? Essa dor?"
Apesar de
não ter a resposta, não se importava com ela. Por um segundo, pensou
"Ah, se ao menos ela soubesse...", no seguinte, quis que tudo acabasse.
No terceiro, dormiu. Nada iria mudar, até que a tal dor passasse. Enquanto ela durasse, ficaria com essa impressão errada do amor.
Culpa também dela, que sabia - mas não queria que ele soubesse.
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